Luciana Moraes
Essa concepção de língua escrita e sua aquisição nos remetem automaticamente a um ponto de reflexão: Para que os professores querem ensinar os alunos a ler e a escrever?
Pensando nos objetivos da alfabetização, pode se dizer que eles não querem ensinar escrita e a leitura como atos de pura codificação e decodificação. Muito mais do que aprender um sistema fechado, a aquisição da língua escrita deve estar a serviço da formação de sujeitos críticos e pensantes, capazes de se expressar e de compreender o mundo. Alfabetizar não é, pois, um exercício de mera informação, mas de promoção do desenvolvimento humano, de formação do sujeito e conquista da cidadania. E, nessa perspectiva, é também um investimento na sociedade democrática. Os alunos devem ler para muito além das marcas de impressão das palavras. Respeitando a compreensão sobre a natureza da língua escrita, é essa a meta para quem se propõe a ensinar alguém a ler e escrever.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.
Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003). Surge, então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS), e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não, convive com as práticas de leitura e escrita. Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a técnica de escrever (ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza à escrita e sabe "responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente”.
↑ Soares, Magda. Alfabetização e letramento. [S.l.]: São Paulo: Contexto, 2003.
1. ↑ http://matematica-leitura.planetaclix.pt/indice_do_metodo_global.htm
2. LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 22 agosto. 2011.
Pensando nos objetivos da alfabetização, pode se dizer que eles não querem ensinar escrita e a leitura como atos de pura codificação e decodificação. Muito mais do que aprender um sistema fechado, a aquisição da língua escrita deve estar a serviço da formação de sujeitos críticos e pensantes, capazes de se expressar e de compreender o mundo. Alfabetizar não é, pois, um exercício de mera informação, mas de promoção do desenvolvimento humano, de formação do sujeito e conquista da cidadania. E, nessa perspectiva, é também um investimento na sociedade democrática. Os alunos devem ler para muito além das marcas de impressão das palavras. Respeitando a compreensão sobre a natureza da língua escrita, é essa a meta para quem se propõe a ensinar alguém a ler e escrever.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.
Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003). Surge, então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS), e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não, convive com as práticas de leitura e escrita. Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a técnica de escrever (ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza à escrita e sabe "responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente”.
↑ Soares, Magda. Alfabetização e letramento. [S.l.]: São Paulo: Contexto, 2003.
1. ↑ http://matematica-leitura.planetaclix.pt/indice_do_metodo_global.htm
2. LETRADO. In: MICHAELIS Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 22 agosto. 2011.
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